Outubro rosa: 43,74 casos a cada 100.000 mulheres.

O número é alarmante, mas a solidariedade e o carinho ao próximo ainda nos faz ter esperança, e é isso que outubro simboliza no mundo todo. Este nos traz a cor rosa, a empatia, o lacinho e o quão forte, sofrida, admirável e linda que é a luta das mulheres pela vida.

Outubro Rosa é uma campanha de conscientização para alertar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e câncer do colo do útero, proporcionando maior acesso aos serviços de diagnóstico e contribuindo para a redução da mortalidade.

A palavra câncer é doída e sempre que ouvida traz um impacto para qualquer ser humano. Na medicina, a grosso modo, significa uma mutação no DNA das células causando um crescimento e multiplicação desordenada destas. Na vida, parece um choque de uma colisão frontal em alta velocidade. O relato aqui é de uma filha que recebeu o diagnóstico e o prognóstico da mãe acometida com um câncer colorretal descoberto tarde demais. Você fica sem reação, mesmo as lágrimas insistindo em cair, nesse momento há a necessidade de não demonstrar desespero para quem estava do lado recebendo a sentença. O caminho foi longo, doloroso, ela sempre muito forte, mas ele nos venceu. Hoje resta a pergunta que não se cala: “e se tivéssemos feito os exames de prevenção?!”. O câncer colorretal, assim como o de mama quando descobertos no início, têm mais de 90% de chance de cura. Por isso a política de conscientização se torna tão importante.

O Movimento Rosa é celebrado anualmente desde os anos 90. Iniciou com a chamada “Corrida pela Cura” em Nova Iorque, que, desde então, é promovida anualmente na cidade. O evento busca ressaltar a importância de nos amarmos mais e olharmos para nós mesmas com mais atenção para a saúde, além de lutar por direitos como o atendimento médico, exames preventivos e proporcionar suporte emocional, além de arrecadar fundos para pesquisas sobre as causas e o tratamento do câncer de mama. No decorrer dos anos o movimento ganhou repercussão e hoje é uma campanha mundial.

SOBRE O CÂNCER DE MAMA

Segundo tumor mais comum entre as mulheres e o primeiro em letalidade, também conhecido como neoplasia. Existem vários cânceres de mama, e o que vai determinar o tipo é qual célula específica da mama que está sendo afetada. Caracterizado pelo crescimento e multiplicação de células cancerígenas na mama, atinge, com maior frequência, mulheres com mais de 50 anos. Estima-se que só 10% dos casos são de mulheres com menos de 40 anos, porém, é comum mulheres mais jovens terem cânceres mais agressivos devido ao tipo de tumor desenvolvido.

Nos homens, a mama é um órgão pequeno e o câncer de mama é bem mais raro, apenas 1 % do total de casos.

SINTOMAS

Procure um médico quando constatadas as seguintes alterações, de forma isolada ou conjunta:

IMPORTÂNCIA DA MAMOGRAFIA

O Ministério da Saúde recomenda que, a partir da quinta década de vida, todas as mulheres passem a incluir nos exames essenciais a mamografia. Também há possibilidade da mamografia de rastreamento para mulheres a partir dos 40 anos de idade, direito amparado na Lei 11.664/08. Em casos de mulheres com histórico de câncer de mama na família, o monitoramento por mamografia é indicado a partir dos 25 anos.

Entretanto, em mulheres mais jovens, a mamografia pode não ser tão eficaz na detecção de nódulos ou lesões cancerosas , as mamas são mais densas, dificultando a clareza do exame, sendo necessário um segundo exame de imagem, ultrassom ou ressonância magnética.

CÂNCER DE MAMA EM HOMENS?

O câncer de mama também pode se desenvolver nos homens, haja vista também possuírem glândulas mamárias e hormônios femininos, mesmo que em menores quantidades. Ocorre com mais frequência em homens com idade entre 50 e 65 anos.

Como os homens não costumam procurar atendimento médico, na maioria dos casos a doença é descoberta tardiamente, tornando menores as chances de cura. Por isso o câncer de mama tem pior prognóstico para os homens num comparativo com as mulheres.

O câncer de mama nos homens pode ser causado por alguns fatores além do histórico familiar, como problemas hepáticos graves, alterações nos testículos, uso de estrogênios e exposição prolongada à radiação.

PREVENÇÃO

Infelizmente, a medicina não evolui a ponto de termos uma solução única para a prevenção do câncer de mama, pois alguns fatores de risco não são possíveis de serem controlados, como a questão genética.

Hábitos saudáveis preponderam no cuidado para não desenvolver a doença. Evitar ao máximo o consumo de álcool, não fumar, manter o peso ideal, praticar atividade física e se alimentar com riqueza de frutas e verduras frescas, proteínas de boa qualidade e cereais integrais, evitando o consumo de carboidratos simples, gorduras e produtos industrializados. Aliando com o autoexame seguidamente e a mamografia ao menos uma vez ao ano para as faixas etárias de risco ou para quem tem histórico próprio ou familiar da patologia.

Saiba que, mesmo apresentando os sintomas, o câncer pode ser tratado se descoberto no início. Você não está sozinha nessa jornada, há muitos grupos de apoio à vítimas de câncer de mama que proporcionam apoio e auxílio durante o diagnóstico e tratamento, busque o centro de apoio mais próximo de você.

Lembre-se: O autocuidado e a prevenção salvam vidas, cuide-se.

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